Servidores visitam 32º Bienal de Arte de São Paulo

event_noteAtualizado em: 07/12/2016

330 obras de 81 artistas e coletivos que retratam processos da vida que, de alguma maneira, não estão fechados; ainda estão em curso. Foi o que servidores da Universidade e seus dependentes puderam conferir, em excursão realizada pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), na 32ª Bienal de São Paulo, que acontece até 11 de dezembro. Sob o título de “Incerteza Viva”, a ideia central desta edição foi refletir sobre as condições atuais da vida, segundo a curadoria, usando a arte contemporânea para abordar noções de incerteza. Temas ecológicos e desgastes ambientais, como o aquecimento global, além de questões indígenas e de assuntos como migrações e instabilidades econômicas e políticas, foram alguns dos pontos de partida para a criação das obras.



Essas incertezas, tanto na nossa vida pessoal quanto na nossa vida coletiva e as incertezas sociais, de algum modo, apontam de algum caminho não aqueles que conseguíamos ver. Existe uma desestabilização social, uma crise atual que acaba mostrando outros caminhos, junto com a visão sobre a arte como uma possibilidade de compreender esses e outros caminhos. A Bienal foi pensada em quatro eixos:  cosmologia, narrativa, educação e ecologia. Algumas das obras estão diretamente relacionadas com esses eixos.

Assim, a Bienal de São Paulo torna-se ponto de encontro entre arte, educação e outras áreas do conhecimento presentes nos trabalhos de artistas, curadores e mediadores de suas exposições. Visitar mostras de arte contemporânea possibilita o contato com diferentes modos de fazer arte, o conhecimento de outras formas de entender e organizar a vida cotidiana, a descoberta de maneiras de perceber-se contemporâneo.



Para Márcia Antonelli, artista e professora de pintura pelo GGBS, a visita à Bienal representa um convite à observar detalhes e atentar para significados. Esse esforço para compreender a obra, depreender dela outras possibilidades de significados e ideias, é algo necessário, conforme conta Márcia. “As peças contemporâneas expostas na Bienal ultrapassam as formas e sentidos comuns de objetos do nosso cotidiano para se transformarem em grandes obras, cercadas de mistérios e enigmas, que dialogam insistentemente com o público. Vivemos em uma era pluralista na qual a diversidade cultural está fortemente presente. Precisamos mudar os pensamentos e identidade já ‘incorporados’, abrindo portas para o novo, para o imprevisto e para a imaginação”, conclui a artista.



Esse pensamento de Márcia difunde-se, também, entre os participantes das suas oficinas de pintura. Uma dessas participantes é Célia Regina de Carvalho, da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), que pela segunda vez participa das excursões organizadas pelo GGBS. “Muitas vezes esses estilos mais contemporâneos são diferentes do que estamos acostumados a ver. Mas isso é bom, pois podemos nos inspirar e trazer para nós as influências desse estilo mais livre”, conta a servidora, enfatizando que todos deveriam ter essa vontade e também o acesso à qualquer tipo de manifestação artística. “A arte é importante em qualquer sentido”, finaliza.


 
Projeto Cultural
 
Esta foi a quinta e última visita às exposições organizadas pelo GGBS desde a criação do projeto. Este projeto cultural começou em outubro de 2015 e, desde então, funcionários e seus dependentes puderam conferir as obras de Frida Kahlo, que foi a primeira. Em 2016 foi a vez de conferir as obras abstracionistas do Mondrian, cuja finalidade foi aprender mais sobre esse estilo, as obras do Picasso, com suas pinturas e esculturas surrealistas, a exposição de arte contemporânea Os Muitos e o Um, cujo olhar artístico era contemporâneo e brasileiro e,  finalizando, com a Bienal.

Ainda tem muito por vir. Em 2017 o projeto cultural continua e, em breve, será divulgado o calendário com as datas das próximas exposições.

 

Imagem de capa

0 Comentários

Deixe seu comentário