GGBS apoia evento sobre depressão no Dia Mundial da Saúde na Unicamp

event_noteAtualizado em: 10/04/2017


A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo e o registro desta enfermidade cresceu 18,4% nos últimos dez anos. O Brasil contabiliza 17 milhões de pessoas depressivas, o quinto país do mundo e o segundo das Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foram divulgados em um evento apioado pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) e organizado pelo Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em conjunto com todos os órgãos da área de Saúde da Universidade, nesta sexta-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde.



Com o lema “Let’s talk” (“Vamos conversar”, em português) definido pela OMS, o evento ocorrido no Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp reforçou as formas de prevenção da depressão e como fazer o tratamento, considerando que a depressão pode levar a graves consequências, inclusive ao suicídio. Segundo a OMS, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Edison Lins, coordenador do GGBS Unicamp, destacou que eventos desta envergadura visam a melhoria da vida das pessoas e são estruturados para a comunidade universitária porque que há uma integração de diversas áreas da Unicamp.



“Um evento deste porte visa o bem estar e a qualidade de vida das pessoas, fato que vai de encontro com a missão institucional do GGBS. Esses eventos são apoiados através da decisão de um colegiado do Conselho Gestor e através também da aprovação do Grupo Gerencial do GGBS, da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp) e da Diretoria Geral da Administração (DGA) da Unicamp”, ressaltou Lins.

Segundo o coordenador do GGBS, as defições feitas em conjunto representam a vontade da comunidade e são feitas sempre depois de uma ampla participação de todos os representantes da Universidade. "Enfim, são eventos realizados pela decisão de todos e que garantem à comunidade resultados satisfatórios e úteis na rotina diária das pessoas no trabalho e na vida pessoal", comentou Lins.



Silvia Angélica Jorge, enfermeira diretora do Departamento de Enfermagem do HC Unicamp, destacou também a necessidade de realização deste tipo de evento e elogiou a parceria do GGBS na realização da palestra. Segundo ela, o evento foi fundamental para despertar na comunidade a necessidade de conversar naturalmente com as pessoas sobre depressão e mostrar os caminhos adequados para o tratamento. “A cada ano cresce o número de pessoas com depressão e muita gente tem ainda um preconceito com relação a esta doença”, afirmou.

A diretora do departamento de Enfermagem do HC, revelou que as pessoas ainda têm preconceito. “Muitos acham que depressão é sinônimo de loucura ou pensam que não é um problema. Não buscam orientação de profissionais e não fazem o tratamento adequado. Alguns buscam medicamentos sem acompanhamento médico e isso acaba piorando ainda mais a situação", disse.


João Batista de Miranda, médico superintendente do HC da Unicamp, afirmou que o evento atendeu ao objetivo da OMS de informar sobre a depressão, suas causas e possíveis consequências, incluindo o suicídio. “É cada vez mais importante divulgar e expor sobre as formas de tratamento e apontar os caminhos para se obter as soluções nos casos de depressão”, comentou.

Segundo o professor Miranda, há ainda muito receio das pessoas em falar sobre a depressão e isso deve ser quebrado, desmitificado, para ajudar as pessoas com a orientação de um profissional especializado para a cura. “Há uns vinte anos, as pessoas não gostavam de falar sobre o câncer e muitos nem diziam a palavra câncer por puro receio ou preconceito. Atualmente, o câncer é difundido e as pessoas buscam a cura da forma adequada. O medo de falar sobre o assunto acabou e muita gente é curada”, disse o professor.

Para Miranda, conversar abertamente sobre depressão é o primeiro passo para entender melhor o assunto e reduzir o estigma associado a ele. Assim, cada vez mais pessoas poderão procurar ajuda.
 

Palestrantes
Além das autoridades que deram sua palavra na abertura, o evento teve três palestras: “Depressão no Ambiente de Trabalho”, com a professora Vanessa Pellegrino Toledo, da Faculdade de Enfermagem; “Depressão e a Prevenção do Suicídio”, com o professor Carlos Filinto da Silva Cais, da FCM; “Acolhimento de Saúde Mental/Cecom”, com a professora Tâmara Maria Nieri, do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) Unicamp; “ Programa de Acolhimento e Reinserção no Trabalho”, com a psicóloga Daniela de Almeida Martins, da Divisão de Saúde Ocupacional da Unicamp.

Depressão
A depressão é um transtorno mental frequente. É a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma muito importante para a carga global de doenças. Mais mulheres são afetadas pela depressão que homens. Existem vários tratamentos eficazes para a doença.

A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma séria condição de saúde.

Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano — sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.

 

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