O interior paulista guarda traços fundamentais de sua tradição caipira, que se manifesta na tradição oral, nas histórias, “causos” e tipos, que se misturam em uma forma de narrativa própria.

Essa cultura sacramentou no cinema sucessos populares como Mazzaropi, que ainda hoje ocupa um lugar de destaque na cinematografia brasileira.

O “Crime da Cabra”, peça teatral escrita por Renata Pallottini em 1965, não foge desta tradição. Considerada a melhor peça brasileira daquele ano, recebeu os prêmios Moliére, Governador do Estado e o primeiro prêmio da comédia no Concurso de Arte Dramática do SNI, em Lisboa.

A peça foi encenada no Porto em 1967, mostrando que a cultura do interior paulista resiste até mesmo fora dos limites do continente. “O Crime da Cabra” é, até hoje, uma das peças mais montadas por grupos amadores de todo o país.

SINOPSE

Uma pequena cidade do interior Vê seu cotidiano abalado por causa de um crime inusitado: uma cabra comeu o dinheiro de sua própria venda. Tem início uma disputa entre dois antigos amigos para saber de quem é a cabra.

Um vendeu e não recebeu o dinheiro.O outro pagou e não levou.

Por conta desta e de outras aventuras a cabra torna-se o centro das atenções e transforma a vida da cidade, às voltas com uma polêmica sem fim.

OBJETIVOS

A proposta é adaptar a obra teatral “O Crime da Cabra” para o cinema, utilizando uma linguagem circense. Nesse sentido, a comédia de costumes seria transposta para o cinema como o “drama" que compõe a estrutura original dos espetáculos de circos, que foram referência para a formação cultural de grande parte dos brasileiros das pequenas cidades do interior.

Retornar essa temática da cultura interiorana paulista dentro do gênero “comédia de costumes”, através da mistura das linguagens circense e cinematográfica, representa uma possibilidade de reatar o contato do público com matrizes fundamentais da cultura popular brasileira.

FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO  Teresa Aguiar e Ariane Porto  DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA  Carlos Ebert  ELENCO Lima Duarte  Arlete Salles Rafaela Puopolo  Valéria Monteiro Matheus Braga Grupo Arte Única PRODUÇÃO EXECUTIVA Renata Sunega DIRETORA DE PRODUÇÃO Luiza Pasim ADMINISTRAÇÃO Tereza Cristina Lacerda ROTEIRO Renata Pallottini Ricardo Grynszpan Ariane Porto  ASSISTENTE DE DIREÇÃO Ivi Vitoriano

ATORES

O "Arte Única", Grupo de Teatro dos Funcionários da Unicamp, surgiu como resultado da oficina de teatro, realizada por Pedro Molfi e Teresa Aguiar, que aconteceu no segundo semestre/2013 com supervisão da docente Ariane Porto, do Instituto de Artes (IA/UNICAMP), patrocínio do Grupo Gestor de Benefícios Socias (GGBS/UNICAMP) e apoio da Casa do Lago (PREAC/UNICAMP).

A oficina foi finalizada com um ensaio aberto, em novembro/2013, de algumas cenas da peça "O Crime da Cabra", texto original de Renata Pallotini. Nesta ocasião a direção e elenco, de sete atores, já se mobilizavam em dar continuação ao projeto tendo o grupo se consolidado, no primeiro semestre de 2014, com nova chamada de candidatos a atores.

O "Arte Única", quase completando um ano de existência tem contribuído com o desenvolvimento intelectual e melhoria da qualidade de vida dos funcionários da Unicamp, dos mais diversos Órgãos/Unidades. E, com suas apresentações visa promover um pouco mais de cultura ao público interno e externo. Parte desses atores participarão do filme “O Crime da Cabra”

LIMA DUARTE

Lima Duarte (Ariclenes Venâncio Martins) é um dos atores mais importantes da história da televisão brasileira. Lima Duarte começou na rádio e depois chegou à TV Tupi. Interpretou o Sinhozinho Malta, na novela Roque Santeiro, no auge de sua carreira.

A infância de Ariclenes Venâncio Martins em Minas Gerais era repleta de sonhos. A rádio começava a ganhar profissionalismo no Brasil e lá estava o jovem Ariclenes buscando seu espaço. Ariclenes Venâncio Martins resolveu adotar o nome artístico de Lima Duarte.
Logo na chegada da televisão ao Brasil, Lima Duarte conseguiu uma oportunidade na TV Tupi. Participou de dublagens de desenhos e rádio novelas antes de estrear na televisão. Ele conseguiu alcançar o sucesso em O Bem-Amado, com o personagem Zeca Diabo e fez história com os personagens Sinhozinho Malta (Roque Santeiro) e Sassá Mutema (O Salvador da Pátria). 
Filmes que Lima Duarte participou no elenco:

Eu TU Eles, Boleiros 2, Boleiros, Era uma Vez o Futebol, Assalto ao Banco Central, Família Vende Tudo,  A Ostra e o Vento, O Autor da Compadecida, 2 Filhos de Francisco, A Ilha do Terrível Rapaterra, Topografia de um Desnudo, entre outros...

RAFAELA PUOPOLO

Estar no palco para Rafaella Puopolo, a Lella,  nunca foi novidade. Desde criança acostumou-se a pisar nesse espaço mágico que tem o dom de trazer-lhe alegria. Conta ela, que fez Escola de Arte Dramática na USP/SP “para reciclar o que já havia aprendido na prática e repensar o caminho que realmente queria seguir”. Começou sua carreira profissional no teatro participando de peças adultas e infantis, inclusive de musicais. Suas primeiras experiências diante das câmeras, aconteceram ao fazer parte dos projetos de dramaturgia da TV Cultura e dos festivais de “Super 8”.

Quando as agências começaram a requisitar atores para suas peças publicitárias, Lella passou a “emprestar a cara e a voz para vender produtos”.  Sua trajetória passa por marcas como: Volkswagem, Omo, Bradesco, Santista, Doriana, Walita, Lacta, Itaú, Vivo, Folha de São Paulo, entre muitas outras. Podemos ouvir sua voz (desde 2008), como locutora oficial do Reality Show Esquadrão da Moda (SBT), assim como  ver seu nome na apresentação dos créditos finais. Atualmente, também é narradora do programa Atração Fatal (Animal Planet).

ARLETE SALLES

Arlete Salles trabalhou como locutora na Rádio Jornal do Comercio, no Recife. Em 1960 foi para os Diários Associados na Rádio Tamandaré e a TV Rádio Clube do Pernambuco.

Integrou a companhia teatral de Barreto Júnior, onde recebeu o prémio de atriz revelação, em 1958.Transferiu-se o Rio de Janeiro para trabalhar como  atriz na TV Tupi, tendo sido demitida quando a rede de emissoras associadas entrou em declínio.

Em seguida, foi trabalhar na Rede Globo, onde interpretou inúmeros papéis marcantes, engraçados e extravagantes, em novelas e minisséries, nomeadamente: como Selva de Pedra, a Sucessora, Cabocla, Baila Comigo, Amor com Amor se Paga, Tieta, Lua Cheia de Cristal, Pedra sobre Pedra, Hilda Furacão, Porto dos Milagres, A Lua me disse, entre outros...

Um dos seus papéis de maior destaque foi Toma Lá Dá Cá exibido pela Rede Globo entre 2007 e 2009.

Em 2011 Arlete voltou a atuar numa telenovela, assumindo o papel da taxista Vilma Moreira Prado em Fina Estampa.  

LAURA CARDOSO

Muito jovem estreou na TV, no programa Tribunal do Coração (1952), da recém-inaugurada Tupi. Participou de novelas importantes da emissora, como Um Lugar ao Sol (1959), adaptação do romance de Theodore Dreiser feita por Dionísio Azevedo, e Ídolo de Pano (1975), de Teixeira Filho. Paralelamente, trabalhou na Excelsior, na Record e na Cultura.

A atriz ganhou prêmios importantes por sua atuação no teatro: em 1990, recebeu o Shell por seu trabalho em Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, escrita por Carlos Alberto Sofredini e dirigida por Gabriel Villela; e em 1993 ganhou o mesmo prêmio com Vereda da Salvação, sob a direção de Antunes Filho. Também participou de mais de 20 filmes. Estreou em Imitando o Sol (1964), de Geraldo Vietri; fez uma marcante participação especial em Terra Estrangeira (1995), de Walter Salles; em 2000, recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, por sua atuação como Selma em Através da Janela, de Tata Amaral; e em 2001, ganhou o Grande Prêmio Cinema Brasil, pela atuação como Salma em Copacabana, de Carla Camuratti. Em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural, homenagem do governo brasileiro por seu trabalho no cinema, no teatro e na televisão.  

VALÉRIA MONTEIRO

Modelo e bailarina clássica, iniciou a carreira de jornalista em Campinas, numa afiliada da Rede Record. Em 1986 foi contratada pela Rede Globo, para apresentar o RJTV, depois atuou como âncora do Fantástico entre 1988 e 1991, em seguida comandou o Jornal Hoje.

Foi a primeira mulher a apresentar o Jornal Nacional em 1992. Em 1993 voltou ao Fantástico. Em 1995 foi apresentadora do GNT Fashion. Depois atuou como atriz na minissérie Incidente em Antares. Em 1996 teve uma breve passagem pela Rede Manchete.

Nos Estados Unidos, trabalhou para o Discovery, Bloomberg (canal de notícias) e NBC. Voltou ao Brasil em 1999, contratada pela RedeTV!, onde apresentou a primeira fase do programa A Casa É Sua.

É dona de uma produtora independente chamada Toda América, e apresenta o programa Mondo na emissora de rádio carioca Paradiso FM.

Esta no ar com o programa "O Show da Vida É Fantástico" no Canal Viva2.

MATHEUS BRAGA

Matheus Braga com apenas 12 anos apresenta um extenso currículo. Aos três anos, já atuava em diversas campanhas publicitárias e não parou mais. Nos "Musicais da Broadway" ele já passou nos tempo de guerras no Vietnã em "Miss Saigon", no reinado de Sião em "O Rei e Eu“, o lamento Argentino com a perda de Evita Perón em "Evita", pela pequena aldeia Russa Anatevka em "Um Violinista no Telhado“ e pela savana para ser o pequeno Rei da Selva, como o jovem Simba no "O Rei Leão"... Com o cantor sertanejo Daniel, Matheus fez parte de outra história sobre a vida do cantor, para viver o próprio Daniel durante a fase da infância, onde interpreta e canta uma nova obra do teatro musical em " Daniel - 30 anos, O Musical".

Com Direção geral da atriz e diretora "Regina Duarte", participa do Grupo de Estudos de Dramaturgia e Interpretação de Textos, junto a diretores e atores/pesquisadores, sendo selecionado para participar da peça “A Volta para Casa” do escritor Romeno Matéi Visniec. Frequenta pelo segundo ano(2013 e 2014) o Curso Anual de Cinema, sob direção de Eduardo Bodstein e Ivan Izzo.